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“There´s no way!”
Adriano volta-se para o diretor comercial.
“Sir, senhor. Por favor. Considere nossa proposta. Não tem como existir preço mais baixo para a qualidade do nosso café verde. Você não está comprando café de Rondônia. Mas de Ouro Fino. Troque a qualidade então.”
“Mr. President. Sorry. Presidente.” Em um sotaque notavelmente alterado pelo nervosismo. “Não é meu problema sua incidência de impostos. Vocês devem contornar a situação. Preciso: qualidade e valor baixo. Compreende?”
E agora se vira para o diretor de finanças. “Malfadada família turca” – pensa. “Só cuidam de finanças”... “E qualidade...” Se rende. E passa à analogia com o americano, diretor de compras da Five. “Talvez por isso, árabes e americanos só entendam o valor das balas de metralhadoras e fuzis” – Voltando de seus pensamentos torpes dá por encerrada a reunião. E promete investigar uma forma de baixar os preços com a equipe.
“Podemos burlar a incidência de impostos...” Fala ao ouvido de Adriano, o advogado da empresa. “Rondônia. Não é má idéia. Eles estão com uma excelente política de créditos tributários.”
“Falsificar notas?”
“Não. Investir no governo de lá. Mas somente no governo.” – Escapa o advogado.
“Ouro Fino de Rondônia. Não vai ser fácil...” E olha para o americano saindo.
“Podiam mandar alguém com português melhor. Não negocio em outra língua em São Paulo... Acham que estamos bajulando. Quando devem nos bajular.”
“Você fez bem”. Diz Astolfo. Filho de Ahzan. Diretor financeiro e promissor novo patriarca da empresa.
“Não podemos entregar nosso produto de mão beijada. Meu pai escolheu bem o nosso presidente.”
Adriano sente nojo. Como se fosse mero fantoche. E novamente o garçom lhe vem à cabeça. E novamente pensa na noite em que transou com Laura. Em Lídia. Cercada pela amiga sacana.
“Ramos?!” Vira-se para o advogado.
“Vamos degustar um choop?”
E ao sair já liga para Ronaldo.
“O sacana deve ta rindo da minha cara até hoje...”
Adriano volta-se para o diretor comercial.
“Sir, senhor. Por favor. Considere nossa proposta. Não tem como existir preço mais baixo para a qualidade do nosso café verde. Você não está comprando café de Rondônia. Mas de Ouro Fino. Troque a qualidade então.”
“Mr. President. Sorry. Presidente.” Em um sotaque notavelmente alterado pelo nervosismo. “Não é meu problema sua incidência de impostos. Vocês devem contornar a situação. Preciso: qualidade e valor baixo. Compreende?”
E agora se vira para o diretor de finanças. “Malfadada família turca” – pensa. “Só cuidam de finanças”... “E qualidade...” Se rende. E passa à analogia com o americano, diretor de compras da Five. “Talvez por isso, árabes e americanos só entendam o valor das balas de metralhadoras e fuzis” – Voltando de seus pensamentos torpes dá por encerrada a reunião. E promete investigar uma forma de baixar os preços com a equipe.
“Podemos burlar a incidência de impostos...” Fala ao ouvido de Adriano, o advogado da empresa. “Rondônia. Não é má idéia. Eles estão com uma excelente política de créditos tributários.”
“Falsificar notas?”
“Não. Investir no governo de lá. Mas somente no governo.” – Escapa o advogado.
“Ouro Fino de Rondônia. Não vai ser fácil...” E olha para o americano saindo.
“Podiam mandar alguém com português melhor. Não negocio em outra língua em São Paulo... Acham que estamos bajulando. Quando devem nos bajular.”
“Você fez bem”. Diz Astolfo. Filho de Ahzan. Diretor financeiro e promissor novo patriarca da empresa.
“Não podemos entregar nosso produto de mão beijada. Meu pai escolheu bem o nosso presidente.”
Adriano sente nojo. Como se fosse mero fantoche. E novamente o garçom lhe vem à cabeça. E novamente pensa na noite em que transou com Laura. Em Lídia. Cercada pela amiga sacana.
“Ramos?!” Vira-se para o advogado.
“Vamos degustar um choop?”
E ao sair já liga para Ronaldo.
“O sacana deve ta rindo da minha cara até hoje...”
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