quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Julgamento Absurdo


 


Porquê as lágrimas não caem dos meus olhos?

Não sei

Sei que brotam no coração


Não são para mim

Mas para outros que contam as mazelas dos meu erros


Pobres coitados

Gostaria de avisar a eles

Não são os primeiros


Já julguei os que amo e os que nem conheço

Me tranquei no quarto isolado do mundo

Esse julgamento


Mas as lágrimas agora

Que não brotam dos olhos

E permanecem no peito

São minhas

Não suas


São o receio de que outros repitam o meu mesmo erro

E permaneçam nesse sono absurdo


Acordem

Ainda é tempo

Antes que os anos os engulam