sábado, 14 de agosto de 2010


A espiritualidade, balbucia aos meus ouvidos as ondas da severa simplicidade
A ansiedade não se contenta com a velocidade precária dos dedos pra descrever as emoções
Em tempos digitais e de isolamento forte entre os seres humanos
O medo aumenta
Tendemos a nos proteger mais e mais dos próximos

As distâncias aumentam impressionantemente a violência
Irmãos se matam por pouco
Por espaço
Por prazeres rápidos, efêmeros

Qual a linha que conduz ao amor divino em tais circunstâncias?
Orar.

domingo, 2 de maio de 2010

Filosofia e Música - A Consonância do Pensamento


A ciência, enquanto pesquisa para fins medicinais, educacionais e psicológicos, só vem reafirmando o que a experiência histórica e a intuição - principalmente religiosa -indicava, que a apreciação e estudo da música contribui para a formação do pensamento filosófico, questionador e de finalidade essencial ao aprendizado.

Fato.

Porém o que se vê na realidade da maioria dos brasileiros, e isso precisa ser revisto, é que a cultura materialista e de mercado que transformam seres humanos em massa de manobra está nos proporcionando o inverso.

A música tem deixado de ser instrumento de reflexão para apenas e unicamente captar os anseios da sociedade consumista, e trabalhar o cérebro num nível vulgar e baixo.

O princípio, e estou escrevendo isso de forma pouco pragmática e livre de técnicas científicas (a priori) desse pensamento pode ser resumido nas canções que embalam carnavais orgíacos da nossa nação. Necessidade disto, finalidade ou entendimento não pretendo analisar ou discutir. Mas simplesmente vomitar a falha na elaboração do pensamento do povo brasileiro, que se verá em breve, ou não, enganado e estuprado pela falta de possibilidade de vida plena, não a nível apenas emocional, mas de realização pessoal transcendental.

Não admito que existam pensadores maquiavélicos por trás da mídia nacional. Mas tal possibilidade pode ser real.

Que exista uma espécie de complô entre a mídia de massa brasileira, seja ela importada ou não e os donos do capital... Pode ser uma grande verdade.

Mas não pensem que em um país europeu como a Áustria, berço da música ocidental, seja igual.

Para uma cidade como Salzburg, que como me afirmou um amigo, tem mais de 10 concertos por dia, não há espaço para a ociosidade podre. Mas para o aproveitamento da vida como se fosse a última oportunidade de ser realizar algo realmente nobre.

Como simplesmente: evoluir a nivel espiritual.

Para isso, se exige trabalho, dedicação, vontade e a necessidade de realização dos sonhos pessoais.

Muita luta e pouco tempo pra desenbestar e cultivar a face animal que nos entrega ao negativo, ao banal.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Da negação ao ócio - Reflexões sobre corrupção.


Desde os tempos primórdios, e é possível notar isso ainda em tribos indígenas que existem dois tipos de trabalhos.


A saber, aquele que trata das coisas terrenas, mundanas... E aquele que trata das coisas do espírito, da ligação ao divino.


Estranho nos dias de hoje, que apenas o prático, o homem que trata das coisas mais óbvias é valorizado.


Duvida?


Ah, então qual a última vez que se lembre que um homem espiritual foi homenageado com grandes salvas...???


Mas todos os dias os épicos se repetem na mídia e tratam apenas de Roberto Justos, Henry Ford, e companhia...


Não é a toa que os livros de auto-ajuda, vendem... Igual bananas...


Ora, se o espírito está sem rumo, sem direção, em uma sociedade marcada por falta de fé como a neo-ocidental, onde Deus está morto para uns e virou terapia fanática para outros.... Bem, isso é porque não temos liderança espiritual.


Nessa ordem qualquer charlatão se dá bem... Ou os verdadeiros líderes são exilados e marginalizados.


A ordem capitalista extrema é simples... Quer comprar...? Tem que ralar! Tem que trabalhar!


Os verdadeiros pensadores, são mortos (como o Osho) ou marginalizados (Leonardo Boff).


Padres são cunhados (até justamente) de pedófilos... A sociedade clama por inversão de valores...


E o espírito fica rendido à filmes que tratam da alma de uma forma utópica e bem comercial...


Desligamos dos céus... Fato... E o ócio que antigamente era dedicado aos líderes espirituais como os próprios filósofos gregos é condenado indevidamente.


Ontem, durante uma apresentação minha ouvi um comentário interessante.


Um músico se viu indagado por outra pessoa ao dizer que trabalhava com música:


"Você é músico, mas você trabalha?"


Perfeito! Essa pergunta descreve exatamente o que quero dizer...


A arte, um dos fundamentos do pensamento espiritual virou vagabundagem...


Virou marginal, aquele que se dedica a pintura, à música, ao cinema, e tantas outras artes... A não ser que fale (principalmente no Brasil) de coisas banais e vulgares... Aí sim, meu amigo! Vende mesmo!


Neguem o ócio mesmo! E vivam seus negócios, tratando tudo e todos como mercadoria... Corrompam seus valores mais altos...


Talvez uma bomba atômica nos salve desse rumo imbecil, bruto e idiota!


E boa noite... A todos os negociantes.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A lógica do amor x A inconsequência do medo - Um novo ano a todos!


Em 25 de julho de 2007, postei este texto:

http://som-letras.blogspot.com/2007/07/hipocrisia-medo-preconceito-x-amor-real.html

Pois há mais de dois anos o assunto se repete, de um outro ângulo, mais sutil e mais refinado.

Qual a lógica por trás do amor promulgado por Cristo e seus antecessores? Que outrora não se sabe porque foi ameçada por aqueles que se dizem seus seguidores?

Qual a manifestação do medo nos nossos tempos?

O que o medo tem construído?

Para explicar minha visão acerca destes assuntos vou descrever dois fatos recentes.

O primeiro se refere à um problema societário.

O segundo se refere à um evento físico.

Pois bem. Tomemos por base duas premissas antes de adentrar aos fatos. A primeira de que todo mal que causamos ao próximo retorna três vezes mais forte contra si mesmo.

A segunda é que não devemos manipular as forças naturais ao nosso favor, mas sim ao favor da coletividade, incluindo a natureza.

A primeira premissa encontra respaldo na lei física da ação e reação; assim como a segunda, que vai mais além, encontra respaldo em uma lei ética: o altruísmo.

Aos fatos então.

Alguém possui um ente querido que confia muito nesta pessoa. Em função desta confiança esta pessoa usurpa a liberdade de acesso aos bens do ente querido. Ou seja, utiliza esses bens unicamente a seu favor e não pensa no ente que lhe delega confiança.

Pois bem, este alguém delega confiança à outros três entes que lhe são queridos. Estes três por sua vez fazem o mesmo que este alguém. Usurpam a liberdade de acesso aos bens deste alguém. Assim como tal pessoa fez com o primeiro outro ente querido.

Isso ocorre constantemente.

Imagine um ladrão de uma quadrilha que rouba alguém. Ele sempre está de olho na quadrilha pra não ser roubado por ela. Principalmente quando rouba e não distribui com a quadrilha.

Segundo fato.

Um mago muito sábio resolve por bem matar alguém com um raio.

Utiliza para isso uma alta força relacionada ao magnetismo direcionando o raio para alguém. Quando se cansar o que ocorrerá? Ele estará tão magnetizado que provavelmente terá que se esforçar bastante para que o raio não procure ele. Concorda?

Engenheiros eletricistas e Físicos podem entender isso.

É simples, para toda ação existe uma reação correspondente.

Se penso só em mim? Então ninguém pensará em mim. Se penso na coletividade, no próximo? Ele e ela pensarão em mim.

Não acredito.

Pois bem.

Procure exercitar isso durante três dias e me diga o que ocorreu...

Porque Cristo ensina o amor ao próximo, como a si mesmo?

e Porque Judeus sacrificam seres queridos?

Sou cristão. Não anti-semita. Amo os judeus como a mim mesmo. Colaboraria com eles se preciso. E não os mataria. (Grande erro de Hitler com o aval de Pio XII)

Cristo não pregou morte. Cristo pregou amor. Com base nos dez mandamentos. Entre os quais: "não matarás!"

Certo. Mas sou cientista. E como tal não me conformo com frases imperativas. Então qual a lógica cristã?

É a mesma da física, pra toda ação corresponde uma reação de igual valor.

Ok. Mas isso seria vetorizado ao contrario. Sim. Porque o bem que faço à outrem me fará bem.

O sinal do vetor é a direção da reação, mas o valor é o mesmo.

Imagine então que você empurra uma parede com muita força, mas não recebe nenhuma reação instantânea. Isso porque a parede é bem construída e não cairá. Mas faça isso várias vezes todos os dias. E observe seus músculos melhorarem. É isso que os atletas fazem.

Ok. Mas eu sou economista. Vivo falando que o capitalismo voraz não é tecnicamente viável. Seria necessário aumentar o valor da variável finalidade social para equilibrá-lo.

Então imagine você desenvolvendo cada vez mais sua tese. Dando mais e mais palestras. Escrevendo bons não, excelentes livros? Veja bem... O capitalismo é a ordem social e como seus entes, cidadãos, quer sobreviver, se você o ensina como fazer isso ele irá querer aprender.

Essa é a lógica cristã. Faça bem à coletividade, sacrifique seu tempo, seus recursos em prol dela. E terá retorno, nem sempre imediato. Dependendo do tamanho do problema que quer enfrentar.

Para entender isso tomemos os dois fatos.

Pois se no primeiro o alguém não usurpa a confiança do ente querido não terá desgastes com esse, muito menos será usurpado.

Se o mago não usa forças naturais para destruir não será destruído.

Se o algúem triplica o patrimônio do ente querido? Fará bem ao ente ao patrimônio e a si mesmo.

Se o mago usa o raio para uma canalização de energia em prol da comunidade? Fará bem a sociedade e prenderá o raio até exaurir seu último joule de energia. Rsrsrsrs... Não seriam para-raios perfeitos???

Ocorre que nos dois casos o medo atua com consequências que não podemos prever. E se as prevemos não iríamos provocá-las.

O alguém tem medo de ter. Pense nisso.

O mago tem medo do que quer matar. Não seria?

O medo tem atuado constantemente na nossa sociedade. Em diversas formas e fatos. Cabe a cada um de nós identificá-la e revetê-las à comunidade. Inclua na comunidade nossa casa, a natureza.

Faça sua parte! (Isso também quero fazer)

E colha os bons frutos!

Boa reflexão!

Um novo ano para todos!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Uma Visão do Direito.

Tá certo, este deveria ser um blog sobre minha música e aqueles que admiro.

Mas desde há muito venho tentando me formar na cadeira jurídica.

Frustradamente fui acometido por uma disfunção psiquiátrica e pra me curar usei muito o estudo da música.

Retomando agora os estudos de direito, me vem o futuro e nele talvez a possibilidade de dar aula.

Esse texto me veio como uma palestra sobre o que vem a ser o Direito. Como se eu estivesse dando uma aula de Introdução ao Estudo do Direito.

Segue:

"Caros colegas.

Podem me perguntar o porquê do 'colegas'...

Respondo. Como vocês, eu também sou um estudante de direito.

Ninguém se forma. Isso é um pre-requisito arcaico que não passa de uma criação para forjar um mercado de profissionais.

Todo mundo muda. Isso sim. E muito. E constantemente.

Existem na minha opinião, três tipos de profissionais do Direito. Ou seja, três tipos arquétipos de seres humanos que trabalham com o Direito. Sobrevivem, vivem deste labor.

O primeiro é aquele que engana, não sabe o que fala, finje que sabe, e acaba se embananando. Este tipo fracassa. Ou se traveste de profissional com o fim de subtrair dos outros sem oferecer nada em troca.

O segundo é aquele que defende um ponto de vista muito fixo. Sabe o que fala, estuda, provoca e luta para defender os interesses seus e daqueles que o acompanham, ou ele mesmo acompanha.

O último - e que mais gosto - é com certeza o mais belo. Nunca diz saber algo, estuda, escuta, observa, interpreta, usa a analogia da mente.

Não necessariamente esses tipos podem ser identificados separados, mas mais comumente em conjunto em um só indivíduo. Que transita pelos arquétipos com velocidade. As vezes, indivíduos se fixam em apenas um.

Interessante é perceber, que estudar, conhecer não necessariamente vem ao encontro de ser, de saber.

Cada coisa no seu lugar.

Vou adentrar em outro assunto para concluir.

O direito é ciência. E como ciência não é estática e sim relativa. Qual lei científica não pode ser questionada? Nenhuma. Basta que você queira questioná-la e que para isso a conheça a fundo.

O direito é por natureza, uma ciência social. Isso significa que um homem apenas não pode mudá-la. Na grande maioria dos casos, grandes comunidades a cria. Cria suas fontes, seu processamento, sua aplicação.

Sendo algo mutável e da massa, da maioria, o Direito é portanto ciência política.

Dentro desse campo, aqueles arquétipos escolhem sua atuação.

Quem sairá vencedor?

Aquele arquétipo primeiro, que perjura falsidade e age em má índole?

Ou;

Aquele que age de forma coerente com os princípios que estabeleceu e agrega muitos outros comuns ao redor?

Ou;

Aquele que espera, observa, não toma decisões rápidas e vai acumulando experiência?

É possível deste contexto observar o seguinte.

Não existem posições certas.

Apenas existem posições.

Não existe nada definido, apenas existem mutações constantes que são fruto da percepção de grandes comunidades, poderosas ou não, ricas ou pobres.

Observe o mundo. E entenderá esta reflexão.

Depois faça a seguinte pergunta a si mesmo...

O que quer estudando Direito?"

Boa aula para se iniciar um curso desses...

Queria ter tido uma dessa.

Talvez eu a ministre.

Boa tarde, leitor oculto.

sábado, 17 de outubro de 2009

Carta à tecnologia.


Você, com sua era digital, reprime nossas virtudes, tira de nossos corações o sublime espírito crítico ao anunciar o fim, ou a decadência ao menos, da mão humana enquanto artesã.
Substituí o formato pinça que se alia a caneta, à primitiva digital do polegar em uma mensagem no celular...
A arte, assim, se esvai. Sai de uma frenética opção emocional ao seu arremedo cético e técnico.
A verdadeira face humana, a mesma que é capaz de lutar por ideais, agora se sujeita à sua malícia de imitar autoridades "majestosas" num saber inócuo que, na realidade, nada sabe. Só procura incorporar conhecimento como uma imobiliária a crescer.
O saber é diverso. Ama também, nada apreender.
Salve a filosofia!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quando toquei o meu ser pela primeira vez, utilizando o processo Ho'oponopono.

Quando toquei o meu ser pela primeira vez, utilizando o processo Ho'oponopono.

Goiânia, 28 de setembro de 2009.


Fui um garoto rebelde. Guiado pela raiva e consequente tortura pessoal diante a tristeza e miséria do mundo.

Deixei toda essa miséria e tristeza me invadir, como se fossem as únicas coisas que realmente importassem.

Não entendia porque nem como.

Sentia que algo deveria ser curado neste mundo.

Senti que havia algo muito doente. E assim sendo, passei a ser doente. Viciado em drogas, especialmente álcool e cigarro que são drogas de fácil acesso, passei a enfrentar uma série de dificuldades que resultaram em um diagnóstico precoce de Esquizofrenia.

Diante da doença me senti impotente. Mas por outro lado abraçado por alguma graça divina que se expressou mais fortemente no meu tratamento psiquiátrico e posteriormente psicoterapeutico.

Este último veio a se desenvolver mais tarde com o nascimento de minha filha.

Usei no "combate" à doença: acunpuntura e shiatsu; core energetics; constelação famililar; yoga e mais recentemente o processo conhecido como Ho'oponopono.

Francamente divulgado na internet pelo site: www.hooponopono.com.br o processo consiste em abraçar suas dores e os reflexos delas no mundo externo. Trasmutando seu ser, você "alivia" essas dores no mundo externo, tanto físico como espiritual.

O poder do processo é desconhecido como um todo. Mas sua linguagem é atrativa e leva a estados de êxtase em relação a si e ao Universo externo.

Ainda sou novo na prática. Mas gostaria de registrar e futuramente compartilhar esta experiência única.

O garoto rebelde de que falei é um espelho do amor ao próximo e da dificuldade de se trabalhar esse amor.

Assim como o amor liberta, ele pode prender.

Sim. Essa assertiva é bem conhecida.

No caso, o amor imaturo do jovem pelo mundo representa a fuga de si mesmo. O jovem aponta nas mazelas alheias sua insatisfação consigo mesmo.

Na medida que enxerga sua impotência adoece.

Se a doença pode matar, ela pode transformar um ser pela cura.

No caso a cura passa pela adoção de si mesmo.

Durante a prática do Ho'oponopono adotei a visão de tratamento deste "jovem" interno.

E lhe disse: "EU TE AMO".

Em seguida a imagem dele se acalmou e o abracei.

E lhe disse: "SINTO MUITO".

E chorei com ele...

E lhe disse: "EU TE PERDOÔ".

Libertando nossas almas de qualquer rancor recíproco.

Por fim: "SOU GRATO!"

Porque aprendi muito com este garoto e espero que o aprendizado seja recíproco. Ele, o garoto, comigo.

Visitem o site e entenderão melhor!

Graças a todos!

Amor infinto!