segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A lógica do amor x A inconsequência do medo - Um novo ano a todos!


Em 25 de julho de 2007, postei este texto:

http://som-letras.blogspot.com/2007/07/hipocrisia-medo-preconceito-x-amor-real.html

Pois há mais de dois anos o assunto se repete, de um outro ângulo, mais sutil e mais refinado.

Qual a lógica por trás do amor promulgado por Cristo e seus antecessores? Que outrora não se sabe porque foi ameçada por aqueles que se dizem seus seguidores?

Qual a manifestação do medo nos nossos tempos?

O que o medo tem construído?

Para explicar minha visão acerca destes assuntos vou descrever dois fatos recentes.

O primeiro se refere à um problema societário.

O segundo se refere à um evento físico.

Pois bem. Tomemos por base duas premissas antes de adentrar aos fatos. A primeira de que todo mal que causamos ao próximo retorna três vezes mais forte contra si mesmo.

A segunda é que não devemos manipular as forças naturais ao nosso favor, mas sim ao favor da coletividade, incluindo a natureza.

A primeira premissa encontra respaldo na lei física da ação e reação; assim como a segunda, que vai mais além, encontra respaldo em uma lei ética: o altruísmo.

Aos fatos então.

Alguém possui um ente querido que confia muito nesta pessoa. Em função desta confiança esta pessoa usurpa a liberdade de acesso aos bens do ente querido. Ou seja, utiliza esses bens unicamente a seu favor e não pensa no ente que lhe delega confiança.

Pois bem, este alguém delega confiança à outros três entes que lhe são queridos. Estes três por sua vez fazem o mesmo que este alguém. Usurpam a liberdade de acesso aos bens deste alguém. Assim como tal pessoa fez com o primeiro outro ente querido.

Isso ocorre constantemente.

Imagine um ladrão de uma quadrilha que rouba alguém. Ele sempre está de olho na quadrilha pra não ser roubado por ela. Principalmente quando rouba e não distribui com a quadrilha.

Segundo fato.

Um mago muito sábio resolve por bem matar alguém com um raio.

Utiliza para isso uma alta força relacionada ao magnetismo direcionando o raio para alguém. Quando se cansar o que ocorrerá? Ele estará tão magnetizado que provavelmente terá que se esforçar bastante para que o raio não procure ele. Concorda?

Engenheiros eletricistas e Físicos podem entender isso.

É simples, para toda ação existe uma reação correspondente.

Se penso só em mim? Então ninguém pensará em mim. Se penso na coletividade, no próximo? Ele e ela pensarão em mim.

Não acredito.

Pois bem.

Procure exercitar isso durante três dias e me diga o que ocorreu...

Porque Cristo ensina o amor ao próximo, como a si mesmo?

e Porque Judeus sacrificam seres queridos?

Sou cristão. Não anti-semita. Amo os judeus como a mim mesmo. Colaboraria com eles se preciso. E não os mataria. (Grande erro de Hitler com o aval de Pio XII)

Cristo não pregou morte. Cristo pregou amor. Com base nos dez mandamentos. Entre os quais: "não matarás!"

Certo. Mas sou cientista. E como tal não me conformo com frases imperativas. Então qual a lógica cristã?

É a mesma da física, pra toda ação corresponde uma reação de igual valor.

Ok. Mas isso seria vetorizado ao contrario. Sim. Porque o bem que faço à outrem me fará bem.

O sinal do vetor é a direção da reação, mas o valor é o mesmo.

Imagine então que você empurra uma parede com muita força, mas não recebe nenhuma reação instantânea. Isso porque a parede é bem construída e não cairá. Mas faça isso várias vezes todos os dias. E observe seus músculos melhorarem. É isso que os atletas fazem.

Ok. Mas eu sou economista. Vivo falando que o capitalismo voraz não é tecnicamente viável. Seria necessário aumentar o valor da variável finalidade social para equilibrá-lo.

Então imagine você desenvolvendo cada vez mais sua tese. Dando mais e mais palestras. Escrevendo bons não, excelentes livros? Veja bem... O capitalismo é a ordem social e como seus entes, cidadãos, quer sobreviver, se você o ensina como fazer isso ele irá querer aprender.

Essa é a lógica cristã. Faça bem à coletividade, sacrifique seu tempo, seus recursos em prol dela. E terá retorno, nem sempre imediato. Dependendo do tamanho do problema que quer enfrentar.

Para entender isso tomemos os dois fatos.

Pois se no primeiro o alguém não usurpa a confiança do ente querido não terá desgastes com esse, muito menos será usurpado.

Se o mago não usa forças naturais para destruir não será destruído.

Se o algúem triplica o patrimônio do ente querido? Fará bem ao ente ao patrimônio e a si mesmo.

Se o mago usa o raio para uma canalização de energia em prol da comunidade? Fará bem a sociedade e prenderá o raio até exaurir seu último joule de energia. Rsrsrsrs... Não seriam para-raios perfeitos???

Ocorre que nos dois casos o medo atua com consequências que não podemos prever. E se as prevemos não iríamos provocá-las.

O alguém tem medo de ter. Pense nisso.

O mago tem medo do que quer matar. Não seria?

O medo tem atuado constantemente na nossa sociedade. Em diversas formas e fatos. Cabe a cada um de nós identificá-la e revetê-las à comunidade. Inclua na comunidade nossa casa, a natureza.

Faça sua parte! (Isso também quero fazer)

E colha os bons frutos!

Boa reflexão!

Um novo ano para todos!

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