Desde os tempos primórdios, e é possível notar isso ainda em tribos indígenas que existem dois tipos de trabalhos.
A saber, aquele que trata das coisas terrenas, mundanas... E aquele que trata das coisas do espírito, da ligação ao divino.
Estranho nos dias de hoje, que apenas o prático, o homem que trata das coisas mais óbvias é valorizado.
Duvida?
Ah, então qual a última vez que se lembre que um homem espiritual foi homenageado com grandes salvas...???
Mas todos os dias os épicos se repetem na mídia e tratam apenas de Roberto Justos, Henry Ford, e companhia...
Não é a toa que os livros de auto-ajuda, vendem... Igual bananas...
Ora, se o espírito está sem rumo, sem direção, em uma sociedade marcada por falta de fé como a neo-ocidental, onde Deus está morto para uns e virou terapia fanática para outros.... Bem, isso é porque não temos liderança espiritual.
Nessa ordem qualquer charlatão se dá bem... Ou os verdadeiros líderes são exilados e marginalizados.
A ordem capitalista extrema é simples... Quer comprar...? Tem que ralar! Tem que trabalhar!
Os verdadeiros pensadores, são mortos (como o Osho) ou marginalizados (Leonardo Boff).
Padres são cunhados (até justamente) de pedófilos... A sociedade clama por inversão de valores...
E o espírito fica rendido à filmes que tratam da alma de uma forma utópica e bem comercial...
Desligamos dos céus... Fato... E o ócio que antigamente era dedicado aos líderes espirituais como os próprios filósofos gregos é condenado indevidamente.
Ontem, durante uma apresentação minha ouvi um comentário interessante.
Um músico se viu indagado por outra pessoa ao dizer que trabalhava com música:
"Você é músico, mas você trabalha?"
Perfeito! Essa pergunta descreve exatamente o que quero dizer...
A arte, um dos fundamentos do pensamento espiritual virou vagabundagem...
Virou marginal, aquele que se dedica a pintura, à música, ao cinema, e tantas outras artes... A não ser que fale (principalmente no Brasil) de coisas banais e vulgares... Aí sim, meu amigo! Vende mesmo!
Neguem o ócio mesmo! E vivam seus negócios, tratando tudo e todos como mercadoria... Corrompam seus valores mais altos...
Talvez uma bomba atômica nos salve desse rumo imbecil, bruto e idiota!
E boa noite... A todos os negociantes.
2 comentários:
É... realmente a visão hoje é fixada no capitalismo - de preferência o selvagem - em detrimento das demais atividades tão compensatórias quanto as materiais. DINHEIRO É CONSEQUÊNCIA DE TRABALHO, minha avó já dizia. Hoje em dia se trabalha para o consumismo supérfluo para demonstrações vagas de aquisição que nesse caso específico é igual a PODER. Ainda acredito que as coisas mudarão, o dia em que será valorizado o esforço e não o status, porque aquele é que dignifica o homem. Como prova pelo menos de um início siginificativo da inversão deste paradigma contemporâneo, após vários anos um homem espiritual ganhou (ganha) até hoje notoriedade por seu empenho dignificador da alma: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.
saulo!!! mandou bem... ele foi bem homenageado!
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