terça-feira, 23 de novembro de 2010

Manifesto pela Paz

“Vemos o anoitecer de uma sociedade e o alvorecer de outra.

Para os sócios das armas, poder, ganância, desordem: a noite.

Para os amantes da vida, para os que enxergam a face de Deus, do Divino, da Divindade, seja qual for seu nome, nas coisas simples: o dia.

Senhores das armas, das guerras. Seu tempo passou, faleceu.

Irão habitar confins distantes onde nenhuma alma sã poderá viver.

A maioria está cansada das graças e gracejos que impõem com sua fala humilhante.

Preferem o sorriso doce da criança. Preferem ouvir o som das águas. Sentir o toque do vento.

Não precisaremos mais lavar carros. Lavaremos os pés dos nossos companheiros.

Sentiremos nojo daqueles que apunhalam nossos corpos com veneno.

E o fogo purificará o sangue derramado por vocês.

Calma, não passou. O beijo entre os irmãos será corrente. Os corpos se unirão despretensiosamente. Não serão mais posses obscenas de quatro paredes.

São templos que a vida nos deu, não nos pertencem.

E serão devolvidos dignamente.

A alma reclama: “Nos deixe!”. Não por que odiamos a violência.

Por que ela não nos pertence.

Sou filho dessa terra. E à Terra devo tudo o que tenho. Meu amor, meu sonho, meu desespero pela Paz.

Latente!

Violência, me deixe.”

quarta-feira, 18 de agosto de 2010


Falando em música, faz pouco tempo que meu myspace completou mil acessos.
E pra comemorar, estou publicando aqui o link da música mais acessada.
Muito grato, claro!



terça-feira, 17 de agosto de 2010

A new song - What´s Really Worth

Para quem não sabe, componho canções em inglês que estão disponíveis no www.myspace.com/gubachal.

Trata-se de um trabalho que remonta aos meus estudos de inglês aos sete anos em diante, aulas de piano dos dez em diante, bandas dos 20 anos em diante e até trabalhos como produtor no meu já extinto estúdio.

Segue a letra de uma nova canção: "What Really Worth"

"Remember the sun?
Remember that clean water?
That place belong to us...

A beautiful view
A beautiful blackbird fly and just touched that old tree

What I love most is the smell of dust

A place to grow
A ground to raise souls
Find parents, sisters and brothers

What I love most is the land work

I wanna teach you some songs
Pray for what's really worth
And build homes

Our healthy days
On horseback rides at sunrise
A cup o' coffee to a slow break

What I love most is the smell of dust

The sound of dogs
To watch friends coming
See how this place is just like gold

What I love most is the land work

I wanna teach you some songs
Pray for what's really worth
And build homes"

sábado, 14 de agosto de 2010


A espiritualidade, balbucia aos meus ouvidos as ondas da severa simplicidade
A ansiedade não se contenta com a velocidade precária dos dedos pra descrever as emoções
Em tempos digitais e de isolamento forte entre os seres humanos
O medo aumenta
Tendemos a nos proteger mais e mais dos próximos

As distâncias aumentam impressionantemente a violência
Irmãos se matam por pouco
Por espaço
Por prazeres rápidos, efêmeros

Qual a linha que conduz ao amor divino em tais circunstâncias?
Orar.

domingo, 2 de maio de 2010

Filosofia e Música - A Consonância do Pensamento


A ciência, enquanto pesquisa para fins medicinais, educacionais e psicológicos, só vem reafirmando o que a experiência histórica e a intuição - principalmente religiosa -indicava, que a apreciação e estudo da música contribui para a formação do pensamento filosófico, questionador e de finalidade essencial ao aprendizado.

Fato.

Porém o que se vê na realidade da maioria dos brasileiros, e isso precisa ser revisto, é que a cultura materialista e de mercado que transformam seres humanos em massa de manobra está nos proporcionando o inverso.

A música tem deixado de ser instrumento de reflexão para apenas e unicamente captar os anseios da sociedade consumista, e trabalhar o cérebro num nível vulgar e baixo.

O princípio, e estou escrevendo isso de forma pouco pragmática e livre de técnicas científicas (a priori) desse pensamento pode ser resumido nas canções que embalam carnavais orgíacos da nossa nação. Necessidade disto, finalidade ou entendimento não pretendo analisar ou discutir. Mas simplesmente vomitar a falha na elaboração do pensamento do povo brasileiro, que se verá em breve, ou não, enganado e estuprado pela falta de possibilidade de vida plena, não a nível apenas emocional, mas de realização pessoal transcendental.

Não admito que existam pensadores maquiavélicos por trás da mídia nacional. Mas tal possibilidade pode ser real.

Que exista uma espécie de complô entre a mídia de massa brasileira, seja ela importada ou não e os donos do capital... Pode ser uma grande verdade.

Mas não pensem que em um país europeu como a Áustria, berço da música ocidental, seja igual.

Para uma cidade como Salzburg, que como me afirmou um amigo, tem mais de 10 concertos por dia, não há espaço para a ociosidade podre. Mas para o aproveitamento da vida como se fosse a última oportunidade de ser realizar algo realmente nobre.

Como simplesmente: evoluir a nivel espiritual.

Para isso, se exige trabalho, dedicação, vontade e a necessidade de realização dos sonhos pessoais.

Muita luta e pouco tempo pra desenbestar e cultivar a face animal que nos entrega ao negativo, ao banal.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Da negação ao ócio - Reflexões sobre corrupção.


Desde os tempos primórdios, e é possível notar isso ainda em tribos indígenas que existem dois tipos de trabalhos.


A saber, aquele que trata das coisas terrenas, mundanas... E aquele que trata das coisas do espírito, da ligação ao divino.


Estranho nos dias de hoje, que apenas o prático, o homem que trata das coisas mais óbvias é valorizado.


Duvida?


Ah, então qual a última vez que se lembre que um homem espiritual foi homenageado com grandes salvas...???


Mas todos os dias os épicos se repetem na mídia e tratam apenas de Roberto Justos, Henry Ford, e companhia...


Não é a toa que os livros de auto-ajuda, vendem... Igual bananas...


Ora, se o espírito está sem rumo, sem direção, em uma sociedade marcada por falta de fé como a neo-ocidental, onde Deus está morto para uns e virou terapia fanática para outros.... Bem, isso é porque não temos liderança espiritual.


Nessa ordem qualquer charlatão se dá bem... Ou os verdadeiros líderes são exilados e marginalizados.


A ordem capitalista extrema é simples... Quer comprar...? Tem que ralar! Tem que trabalhar!


Os verdadeiros pensadores, são mortos (como o Osho) ou marginalizados (Leonardo Boff).


Padres são cunhados (até justamente) de pedófilos... A sociedade clama por inversão de valores...


E o espírito fica rendido à filmes que tratam da alma de uma forma utópica e bem comercial...


Desligamos dos céus... Fato... E o ócio que antigamente era dedicado aos líderes espirituais como os próprios filósofos gregos é condenado indevidamente.


Ontem, durante uma apresentação minha ouvi um comentário interessante.


Um músico se viu indagado por outra pessoa ao dizer que trabalhava com música:


"Você é músico, mas você trabalha?"


Perfeito! Essa pergunta descreve exatamente o que quero dizer...


A arte, um dos fundamentos do pensamento espiritual virou vagabundagem...


Virou marginal, aquele que se dedica a pintura, à música, ao cinema, e tantas outras artes... A não ser que fale (principalmente no Brasil) de coisas banais e vulgares... Aí sim, meu amigo! Vende mesmo!


Neguem o ócio mesmo! E vivam seus negócios, tratando tudo e todos como mercadoria... Corrompam seus valores mais altos...


Talvez uma bomba atômica nos salve desse rumo imbecil, bruto e idiota!


E boa noite... A todos os negociantes.