“Vemos o anoitecer de uma sociedade e o alvorecer de outra.
Para os sócios das armas, poder, ganância, desordem: a noite.
Para os amantes da vida, para os que enxergam a face de Deus, do Divino, da Divindade, seja qual for seu nome, nas coisas simples: o dia.
Senhores das armas, das guerras. Seu tempo passou, faleceu.
Irão habitar confins distantes onde nenhuma alma sã poderá viver.
A maioria está cansada das graças e gracejos que impõem com sua fala humilhante.
Preferem o sorriso doce da criança. Preferem ouvir o som das águas. Sentir o toque do vento.
Não precisaremos mais lavar carros. Lavaremos os pés dos nossos companheiros.
Sentiremos nojo daqueles que apunhalam nossos corpos com veneno.
E o fogo purificará o sangue derramado por vocês.
Calma, não passou. O beijo entre os irmãos será corrente. Os corpos se unirão despretensiosamente. Não serão mais posses obscenas de quatro paredes.
São templos que a vida nos deu, não nos pertencem.
E serão devolvidos dignamente.
A alma reclama: “Nos deixe!”. Não por que odiamos a violência.
Por que ela não nos pertence.
Sou filho dessa terra. E à Terra devo tudo o que tenho. Meu amor, meu sonho, meu desespero pela Paz.
Latente!
Violência, me deixe.”
terça-feira, 23 de novembro de 2010
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