domingo, 9 de junho de 2019

Colono aculturado


Eu não sei sambar
Eu não sei catira
Na minha alma quebrada
Monto um mosaico com guitarras, baixos e baterias
Com os pedaços de jeans rasgados
Fixo minhas memórias anotadas em versos tortos
Páginas de livros mortos
Todas as canções que consegui guardar pra mim
Restam as horas perdidas de sono
As doenças acumuladas dos anos
Num breve sorriso
Que só meus olhos conseguem sentir
Se eu pudesse voltar atrás e equilibrar esse relógio mórbido que a morte deu pra mim
Faria um único pedido
Caminhar mais em mim essa estrada sem fim

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