terça-feira, 23 de novembro de 2010

Manifesto pela Paz

“Vemos o anoitecer de uma sociedade e o alvorecer de outra.

Para os sócios das armas, poder, ganância, desordem: a noite.

Para os amantes da vida, para os que enxergam a face de Deus, do Divino, da Divindade, seja qual for seu nome, nas coisas simples: o dia.

Senhores das armas, das guerras. Seu tempo passou, faleceu.

Irão habitar confins distantes onde nenhuma alma sã poderá viver.

A maioria está cansada das graças e gracejos que impõem com sua fala humilhante.

Preferem o sorriso doce da criança. Preferem ouvir o som das águas. Sentir o toque do vento.

Não precisaremos mais lavar carros. Lavaremos os pés dos nossos companheiros.

Sentiremos nojo daqueles que apunhalam nossos corpos com veneno.

E o fogo purificará o sangue derramado por vocês.

Calma, não passou. O beijo entre os irmãos será corrente. Os corpos se unirão despretensiosamente. Não serão mais posses obscenas de quatro paredes.

São templos que a vida nos deu, não nos pertencem.

E serão devolvidos dignamente.

A alma reclama: “Nos deixe!”. Não por que odiamos a violência.

Por que ela não nos pertence.

Sou filho dessa terra. E à Terra devo tudo o que tenho. Meu amor, meu sonho, meu desespero pela Paz.

Latente!

Violência, me deixe.”