Tá certo, este deveria ser um blog sobre minha música e aqueles que admiro.
Mas desde há muito venho tentando me formar na cadeira jurídica.
Frustradamente fui acometido por uma disfunção psiquiátrica e pra me curar usei muito o estudo da música.
Retomando agora os estudos de direito, me vem o futuro e nele talvez a possibilidade de dar aula.
Esse texto me veio como uma palestra sobre o que vem a ser o Direito. Como se eu estivesse dando uma aula de Introdução ao Estudo do Direito.
Segue:
"Caros colegas.
Podem me perguntar o porquê do 'colegas'...
Respondo. Como vocês, eu também sou um estudante de direito.
Ninguém se forma. Isso é um pre-requisito arcaico que não passa de uma criação para forjar um mercado de profissionais.
Todo mundo muda. Isso sim. E muito. E constantemente.
Existem na minha opinião, três tipos de profissionais do Direito. Ou seja, três tipos arquétipos de seres humanos que trabalham com o Direito. Sobrevivem, vivem deste labor.
O primeiro é aquele que engana, não sabe o que fala, finje que sabe, e acaba se embananando. Este tipo fracassa. Ou se traveste de profissional com o fim de subtrair dos outros sem oferecer nada em troca.
O segundo é aquele que defende um ponto de vista muito fixo. Sabe o que fala, estuda, provoca e luta para defender os interesses seus e daqueles que o acompanham, ou ele mesmo acompanha.
O último - e que mais gosto - é com certeza o mais belo. Nunca diz saber algo, estuda, escuta, observa, interpreta, usa a analogia da mente.
Não necessariamente esses tipos podem ser identificados separados, mas mais comumente em conjunto em um só indivíduo. Que transita pelos arquétipos com velocidade. As vezes, indivíduos se fixam em apenas um.
Interessante é perceber, que estudar, conhecer não necessariamente vem ao encontro de ser, de saber.
Cada coisa no seu lugar.
Vou adentrar em outro assunto para concluir.
O direito é ciência. E como ciência não é estática e sim relativa. Qual lei científica não pode ser questionada? Nenhuma. Basta que você queira questioná-la e que para isso a conheça a fundo.
O direito é por natureza, uma ciência social. Isso significa que um homem apenas não pode mudá-la. Na grande maioria dos casos, grandes comunidades a cria. Cria suas fontes, seu processamento, sua aplicação.
Sendo algo mutável e da massa, da maioria, o Direito é portanto ciência política.
Dentro desse campo, aqueles arquétipos escolhem sua atuação.
Quem sairá vencedor?
Aquele arquétipo primeiro, que perjura falsidade e age em má índole?
Ou;
Aquele que age de forma coerente com os princípios que estabeleceu e agrega muitos outros comuns ao redor?
Ou;
Aquele que espera, observa, não toma decisões rápidas e vai acumulando experiência?
É possível deste contexto observar o seguinte.
Não existem posições certas.
Apenas existem posições.
Não existe nada definido, apenas existem mutações constantes que são fruto da percepção de grandes comunidades, poderosas ou não, ricas ou pobres.
Observe o mundo. E entenderá esta reflexão.
Depois faça a seguinte pergunta a si mesmo...
O que quer estudando Direito?"
Boa aula para se iniciar um curso desses...
Queria ter tido uma dessa.
Talvez eu a ministre.
Boa tarde, leitor oculto.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
Carta à tecnologia.
Você, com sua era digital, reprime nossas virtudes, tira de nossos corações o sublime espírito crítico ao anunciar o fim, ou a decadência ao menos, da mão humana enquanto artesã.
Substituí o formato pinça que se alia a caneta, à primitiva digital do polegar em uma mensagem no celular...
A arte, assim, se esvai. Sai de uma frenética opção emocional ao seu arremedo cético e técnico.
A verdadeira face humana, a mesma que é capaz de lutar por ideais, agora se sujeita à sua malícia de imitar autoridades "majestosas" num saber inócuo que, na realidade, nada sabe. Só procura incorporar conhecimento como uma imobiliária a crescer.
O saber é diverso. Ama também, nada apreender.
Salve a filosofia!
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